Existe pouca evidência de qualidade sobre métodos de barreira para travar a propagação de vírus respiratórios, mas a lavagem das mãos, isolamento dos casos e uso de máscaras/equipamentos nos hospitais parecem ser eficazes. Este estudo não incluiu doentes com o SARS‐CoV‐2


Referência: Jefferson T, Del Mar CB, Dooley L, Ferroni E, Al‐Ansary LA, Bawazeer GA, van Driel ML, Nair S, Jones MA, Thorning S, Conly JM. Physical interventions to interrupt or reduce the spread of respiratory viruses. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 7. Art. No.: CD006207.

Análise do estudo: Trata‐se de uma revisão sistemática com metanálise da Cochrane, que incluiu 67 estudos que avaliaram intervenções físicas para prevenir a propagação de vírus respiratórios (rastreio em portos de entrada, isolamento, quarentena, distanciamento social, barreiras, proteção pessoal e higiene das mãos). Todas as intervenções tinham como objetivo impedir a transmissão de vírus através de aerossóis ou gotículas de indivíduos infectados, ou por contacto directo. Apesar da heterogeneidade e qualidade moderada ou baixa da evidência, os autores concluíram que a higienização das mãos, sobretudo pelas crianças, parece ser um método eficaz. Também as barreiras físicas e o isolamento de casos mostraram‐se úteis em casos de epidemia. Os respiradores N95 mostraram‐se não‐inferiores às máscaras cirúrgicas, mas mais caros, desconfortáveis e com efeitos adversos (erupções cutâneas). As medidas globais ‐ como o rastreio nos portos de entrada ‐ produziram apenas benefícios marginais. Outras medidas, como o distanciamento social, mostraram alguma eficácia, sobretudo em comparação com exposição de risco.

Aplicação prática: é escassa a evidência de boa qualidade para suportar medidas de saúde pública eficazes em infecções virais. Algumas das intervenções mais simples e económicas, como a lavagem das mãos, a protecção individual consoante o risco de exposição e o diagnóstico e isolamento de casos suspeitos, parecem ser eficazes. Não existe evidência de boa qualidade para suportar medidas mais abrangentes como o rastreio em portos de entrada nos países.

Autores: Juan Rachadell , Raquel Vareda, Fausto S.A. Pinto, Rodrigo Duarte, Susana Oliveira Henriques e António Vaz Carneiro

Instituto de Saúde Baseado na Evidência (ISBE)

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